Arquivo mensal: março 2016

Love/Netflix: O trailer me animou, mas será que eu gostei da série??

Olá gurizada. Cá estou eu voltando ao blog depois de uns dois anos e pouco afastado, devido ao final do curso na faculdade e também por causa do trabalho. Fico feliz que, nesse longo período de inatividade aqui, ele foi visitado por pessoas daqui do Brasil e do exterior também, quase todas as semanas e, às vezes, dias seguidos.

Pra voltar, decidi fazer um post sobre uma série que me deixou encucado depois de eu assistir a todos os episódios: fiquei naquela dúvida se tinha gostado ou não da série, não tinha uma opinião formada. Isso só aconteceu comigo uma vez com um filme clássico dos cinéfilos, mas isso eu conto mais ao final desta postagem. Fiquei na dúvida se este texto aqui seria uma crítica, pois o seu conceito é meio complexo. Dizem que esta forma textual não pode revelar os detalhes do filme (como o final, por exemplo, para não estragar a experiência do leitor quando for assistir ao filme/série em questão), mas o que eu já vi por aí de textos fazendo análises técnicas que, no fim das contas, dão muitos detalhes do filme. Eu não tenho o costume de ler críticas de filmes, séries ou livros por causa desses motivos que eu apresentei, os spoilers involuntários. Gosto de saber o mínimo possível, ser surpreendido durante a exibição. Normalmente, mas não em tudo que assisto, eu procuro ler após ter assistido a obra em questão, mais para saber se perdi algum detalhe ou easter egg que eu tenha passado batido. Eu gosto bastante de assistir aos veredictos do OmeleTV, do site Omelete, já que ali são três pessoas analisando o filme/série, além de mostrar imagens para ilustrar as suas falas. Vamos ao trailer da nova série original da Netflix, Love, que me animou a ver, mas…

[CONTÉM SPOILERS] Como eu disse, o trailer me motivou bastante a assistir ao seriado, porém eu achei a série mais ou menos depois de ver todos os episódios, fiquei sem uma opinião formada. Ela não é ruim, mas também não diria que é boa. Daria uma nota 2,5 de 5 (no Netflix dei 3 estrelas), não sei se indicaria para alguém. Dizem que é uma comédia romântica, porém eu não ri em nenhum momento, no máximo um sorrisinho numa cena ou outra que poderia ser engraçada. A premissa da história, que é mostrada no trailer e nos primeiros episódios, é boa, assim como a estética, arte e etc. Eles poderiam ter colocado mais músicas em alguns episódios e trilhas em algumas cenas para deixar mais animada a série, quebrar o silêncio dos diálogos.

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O Paul Rust, que é o protagonista, roteirista e um dos criadores da série, parece que escreveu a história para que o personagem dele se desse bem, fosse descolado com a galera e garanhão com as gurias bonitas que aparecem no seriado. No mundo real não funciona assim (momento Machado de Assis, hehe), ele com aquela lata e narigão, fora que o personagem dele (Gus) é chato com aqueles diálogos, além de tentar ser um cara bem-humorado sem graça. Para dar um exemplo, quando ele está sozinho na festa da amiga da Mickey (Gillian Jacobs): o Gus chega num quarto onde tem uma guria tatuando um cara. Logo que termina o desenho, ela sai de cena olhando com aquele olhar de desejo e interesse para ele, sendo que os dois nem tinham se falado ainda. Quem dera se fosse assim tão fácil, ele com aquela latinha 😛 Era só fazer um rearranjo de cenas que daria para criar aquele clima da guria ficar interessada nele, no caso, colocar a cena dele tocando com a galera antes de ele conhecer a garota da tatuagem. Nem vou comentar que tem umas cenas de sexo gratuitas ali que nem precisavam, por exemplo: a masturbação dele que entra do nada só porque a Mickey tava falando do assunto; o sexo oral com a atriz no grande estúdio vazio.

A personagem da Mickey, pra mim pelo que foi mostrado na série, só tem problema com álcool e drogas, na questão do sexo eu não vi nada demais. Acho que para mostrar esses problemas da personagem, poderiam colocar algum amigo dela comentando sobre o que ela fez no passado, talvez um flashback, mostrando que a bebida tava fazendo mal a ela e etc. Falando da Mickey, a Jacobs é a melhor atriz da série, acho que isso é o que salva também o seriado. O Rust acho bem fraquinho, deveriam ter colocado outro ator no lugar dele que saiba improvisar, alguém com timing para o humor. Isso me lembra algumas críticas que fizeram ao Jessica Jones, onde disseram que o David Tennant, Kilgrave no seriado, salvou a série por ser um baita ator. Concordo, se fosse outro cara ali no papel, o seriado cairia muito de qualidade, ele que segura a bronca. Apesar do seriado Love ter recebido bons comentários, tanto nos reviews da Netflix quanto em sites de entretenimento, eu ainda não sei se vou assistir a segunda temporada, espero que melhorem o roteiro nesses pontos que eu destaquei, já que a série tem bastante potencial. Cabe ressaltar que o seriado teve algumas críticas negativas também.

Para encerrar, vou falar aqui daquele filme clássico que eu citei no começo do post, o qual me deixou com aquela sensação: “Será que eu gostei desse filme? O filme é bom ou ruim?” O longa em questão é o Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. Tanto na faculdade como opiniões diversas de amigos e de pessoas na internet falam que o filme é maravilhoso, excelente. A estética, trilha sonora e a montagem do filme é muito boa para a época em que foi feito, isso não pode se negar. O que eu fiquei meio assim foi com a história em si, não consegui formar uma opinião. Pretendo assistir de novo o Laranja Mecânica um dia para tirar essa dúvida, mas vai que era essa a intenção do diretor quando fez o filme, deixar o espectador intrigado. Espero que tenham gostado do post, se quiserem comentar mais sobre a série Love, se concordam ou discordam de mim, fiquem à vontade que nós abrimos essa discussão nos comentários do post ou por outras formas de contato. Fiquem com o trailer do Laranja Mecânica…