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Stop Motion | A raiz do cinema

Já que hoje, 19 de junho, é o dia do cinema brasileiro, nada melhor do que fazer uma postagem relacionada ao tema. Eu já fiz uma reportagem contando um pouco da história do cinema e como é o nosso mercado nacional, inclusive naquele texto eu já falei um pouco sobre um dos pais do cinema e o pai do Stop Motion, o fotógrafo e inventor Eadweard Muybridge. Esta técnica desenvolvida por Muybridge é conhecida hoje por Stop Motion, onde uma sequência de fotografias, a partir de 12 imagens por segundo, nos dá a ilusão de movimento. Muitas pessoas que começam a trabalhar com o audiovisual gostam de fazer esse experimento, já que, apesar de ser trabalhoso, é fácil ao mesmo tempo, pois só precisa saber o básico de um programa de edição de vídeos para unir as imagens. Na internet existem vários sites, blogs e tutoriais no YouTube que ensinam como fazer um vídeo deste tipo, aqui vou priorizar alguns trabalhos com os seus respectivos making of. A única dica que eu dou aqui é de você tentar utilizar mais do que 12 imagens por segundo, já que muitas câmeras cinematográficas gravam acima de 24 quadros por segundo. Logo, quanto mais imagens por segundo, mais suave vai ser o efeito dos movimentos dos personagens/objetos. Você não precisa necessariamente fazer um Stop Motion apenas com fotografias, hoje em dia com as câmeras digitais e os seus respectivos cartões de memória, podemos filmar continuamente e cortar os quadros durante a edição. Antigamente, se utilizava a fotografia porque as imagens eram captadas em um filme fotográfico e era mais fácil o processo de edição, já que era mais custoso e trabalhoso fazer isso usando câmeras de vídeo com fitas. A evolução da tecnologia de hoje facilitou muito o nosso trabalho. Um filme bastante conhecido por utilizar o Stop Motion é A Fuga Das Galinhas.

Algumas pessoas não se dão conta, mas muitos desenhos animados antigos utilizavam a técnica do Stop Motion, tais como Pica-Pau, Pernalonga, Disney, entre outros, começando por volta da década de 30. Sim, muitos desenhos que você assistiu quando criança eram dessa época, heha. Abaixo, veja como era a produção de um episódio do Popeye:

Ainda na área da animação, temos um outro desenho conhecido da galera onde podemos notar nitidamente a utilização desta técnica, o polido e educado desenho South Park. Confere aí um pouco da história do desenho e como ele é produzido.

Foi através de uma aula na minha faculdade, quando a professora mostrou o clipe do artista Oren Lavie na disciplina Teorias da Imagem, a primeira vez que eu descobri o que era o Stop Motion. Além de ser uma boa música, o conceito do vídeo é muito bacana. Vou deixar vocês comprovarem por si mesmos e assistirem também como foi feito.

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O próximo vídeo eu descobri através da postagem do finado blog de uns amigos meus na faculdade. A Short Love Story in Stop Motion foi produzido e dirigido por Carlos Lascano. No seu site, existem outros trabalhos feitos com Stop Motion, inclusive com os seus respectivos making of. Vale a pena assistir essa bela historinha…

Quem gosta de trabalhar bastante com Stop Motion é a dupla sueca Rymdreglag. No canal deles do YouTube, vocês podem conferir os seus trabalhos e alguns com eles mostrando como foi o processo de produção. Deixo vocês com um dos trabalhos deles que contém o making of no mesmo vídeo.

Pra encerrar, vou deixar vocês com o clipe do The White Stripes feito em Stop Motion e os seus bastidores. Baita som para começar a semana animado 🙂

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Retornando a vida graças a tecnologia

Depois de muito tempo, eu retorno ao meu blog. Devido a faculdade e ao meu estágio ano passado, eu não tive muito tempo para poder fazer posts com a frequência que eu gostaria (preguiça nas minhas horas vagas também, hehe). Isso se deve também porque cada post demanda um tempo grande de pesquisa e organização das informações, já que eu tento organizar num post as várias informações espalhadas na rede, inclusive as que sei de cabeça por ler por aí. Bom, vamos dar início aos trabalhos.

Antes de mais nada, não é porque a Páscoa está por aí que eu quis fazer um post relacionado com a ressurreição, foi tudo coincidência. Hoje pela manhã, quando eu estava pensando num título para o post, que eu associei que a Páscoa era semana que vem. Sem mais delongas, vamos ao que interessa. Quando eu estava em Londres no mês passado, ao assistir televisão, um dos comerciais me chamou bastante atenção. Era um comercial de uma marca de chocolate do Reino Unido, Galaxy, ambientado nos anos 50, provavelmente, e que tinha como atriz principal Audrey Hepburn. Confesso que a primeira vez que eu vi a propaganda, eu pensei: “Bah, acharam uma atriz muito parecida com a Audrey Hepburn.” Com o passar do tempo, olhando aquele comercial quase todos os dias na TV, eu comecei a reparar no detalhes. Percebi que tinha algo de diferente nos olhos, na iluminação direta no rosto, esses detalhes técnicos e fiquei com aquilo na cabeça para poder ir pesquisar mais tarde quando tivesse mais tempo (em Londres eu não tinha muito acesso ao computador). Acho que dei uma pesquisada de leve na época e descobri que tinham usado efeitos especiais para dar vida a atriz. Pra quem quiser saber, a trilha de fundo é a música Moon River do filme Bonequinha de Luxo. Dê uma olhada no comercial se você não assistiu ainda.

Os direitos de imagem foram vendidos para a Galaxy pelos filhos da atriz, Sean Ferrer e Luca Dotti, que afirmaram que a mãe teria ficado feliz com a homenagem porque era fã de chocolates.  O comercial foi gravado na Costa Amalfitana, Itália, levando um ano aproximadamente para o trabalho ser concluído. A técnica utilizada para produzir este efeito foi o CGI (Computer-Generated Imagery), tecnologia utilizada no filme Tron: O Legado para rejuvenescer o ator Jeff Bridges e a mesma situação com Brad Pitt em O Curioso Caso de Benjamin Button. Não existe ainda algum vídeo mostrando como foi feito o comercial com a Audrey Hepburn, existe apenas algumas poucas fotos do processo. Se sair algum vídeo com o making of desse comercial, eu atualizo este post. Abaixo, você pode conferir o making of do filme O Curioso Caso de Benjamin Button para saber mais ou menos como funciona essa tecnologia:

O uso de artistas não é novidade em comerciais para a televisão. Em 1997, Fred Astaire estrelou 3  comerciais da marca Dirt Devil. No ano de 2005, Gene Kelly fez parte de uma propaganda do Golf da Volkswagen com uma versão remix da música Singin’ in the Rain. Atualmente no Brasil podemos ver o Mussum dos Trapalhões no comercial do novo Fusca. Veja os três na íntegra:

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Mas não é só em comerciais televisivos que vemos artistas falecidos retornando a vida. No Festival Coachella do ano passado, o rapper Tupac Shakur voltou a vida através de um holograma projetado no palco. Confere aí a apresentação e na sequencia como é feita essa projeção:

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E aí, qual artista você gostaria de ver de volta a vida por alguns minutos?