Retratos e Relatos | Introdução à Fotografia

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Parque Zoológico de Sapucaia do Sul

A fotografia desperta em nós uma paixão que nem sabíamos que tínhamos por esta arte, descobrimos ela de maneiras inusitadas, não importando a nossa fase na vida. Sebastião Salgado é um bom exemplo disso, como ele mesmo conta em uma aula magna que ministrou na UFRGS em 2014. Pra quem ficou curioso, a primeira câmera que ele usou e que mudou a sua vida foi uma Pentax Spotmatic II (SPII). No meu caso, conforme a minha postagem anterior aqui no Retratos e Relatos, eu descobri que eu gostava de fotografia numa excursão do cursinho pré-vestibular que eu fazia em 2007, sendo que, até aquele momento, eu não tinha nenhum interesse por fotografia ou gostava de que tirassem fotos minhas.

Campus do Vale UFRGS

Campus do Vale UFRGS

Em 2009, eu passei no vestibular da UFRGS em jornalismo e, no ano seguinte, tive o primeiro contato com a fotografia na disciplina Introdução à Fotografia, ministrada pela professora Sandra Gonçalves. Lá aprendemos a história e biografia de grandes fotógrafos, manejar câmeras analógicas profissionais e como revelar os filmes fotográficos através de processos químicos. Como trabalhos de campo, fizemos duas saídas, uma com filme P&B, no Campus do Vale da UFRGS, e outra com filme colorido, no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul. Fazíamos esses trabalhos em duplas, sendo que o rolo de 36 poses era dividido entre nós, além das anotações da abertura da lente e da velocidade do obturador. Na imagem abaixo, vocês podem ter uma ideia mais clara como são os ajustes de uma câmera profissional, lembrando que o ISO é escolhido na compra do filme fotográfico, não na regulagem nos ajustes da câmera, como temos hoje nas máquinas digitais.

Fotometro NIKON

Eu me lembro que a gente só podia revelar e ampliar no nosso laboratório apenas quatro fotos do filme P&B e confesso que eu não sei onde foi parar o filme que eu e a minha colega revelamos. Já o filme colorido, era feito um Copião e a revelação em alguma loja de fotografia, sendo que os dois trabalhos eram avaliados com a nossa professora para discutir questões técnicas de enquadramento, luminosidade e etc. O interessante de utilizar uma câmera analógica, diferente das máquinas digitais de hoje em dia, é que você tem que planejar muito a foto antes de bater, muitas vezes esperar o momento certo do clique ou ter habilidade para não perder a chance de fotografar algo que não vai esperar que você se prepare, como bem disse Henri Cartier-Bresson“Há uma fração de segundo criativo quando você está tirando uma foto. Seus olhos devem ver uma composição ou uma expressão que a própria vida oferece a você, e você deve saber com intuição quando clicar na câmera. Esse é o momento em que o fotógrafo é criativo. Oop! O Momento! Uma vez que você o perde, está perdido para sempre.” Nesse dia do Zoológico, eu levei a minha câmera digital, aquela da minha postagem anterior, para fazer umas fotos enquanto a minha colega utilizava a máquina fotográfica da faculdade, uma Nikon que eu não me recordo o modelo. Abaixo, vou colocar algumas fotos destas saídas numa galeria, o resto vocês podem conferir nos meus álbuns do Flickr.

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Publicado em 31/07/2016, em Bart Projects e marcado como , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

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